Dinâmica do Conforto Térmico em Escolas na Cidade de Jaciara Mato
Grosso.
Dionísio Garcia de Souza
Pré-projeto
de pesquisa apresentado no processo seletivo para ingresso da turma 2015 no
Programa de Pós-Graduação Estricto Sensu em Ciências
Ambientais, na linha de pesquisa Dinâmica de Ambientes Urbanos e Rurais – Mestrado
Acadêmico da Universidade de Cuiabá.
|
INTRODUÇÃO
Os fatores climáticos de uma região estão intimamente ligados ao conforto ambiental de seus habitantes, a quantidade
de irradiância solar aliada a outros fatores como ventos, umidades elevadas ou
muito baixas, são responsáveis pelo conforto ambiental em uma cidade ou região (NOGUEIRA & NOGUEIRA 2003). No
estado do Mato Grosso na cidade de
Jaciara isto não é diferente, pois o clima tropical predominante da região exige que nossas cidades tenham edificações,
áreas arborizadas e de lazer planejadas de modo que amenize ao máximo o
desconforto térmico causado pelas temperaturas altas de nossa região. Apoiado na ideia de que o rendimento de
trabalho decresce devido ao aumento da
temperatura e da umidade, chegando a uma perca de 28% à
30º C com umidade relativa de 80% (FROTA & SCHIFFER, 2001), surge a
necessidade de averiguar se nas escolas de nossa cidade há um preocupação com o
conforto ambiental, pois segundo Vygotsky (2007), a interação e o desempenho de
alunos e professores é importante para que haja uma aprendizagem significativa,
então um desconforto térmico pode
influenciar negativamente neste processo tão importante para o aluno.
Segundo Nogueira &
Nogueira (2003), mesmo que na escola
haja sistema de climatização artificial, se deve lembrar que o ambiente
climatizado acaba por criar uma atmosfera artificial, que não agradar a todos,
haja vista que de alguma forma sempre haverá alguém que sinta mais calor ou
mais frio e o consumo de energia aliada as constantes intervenções para manutenção tornara o espaço
pouco produtivo, e a edificação se tornara enferma.
Dessa forma para haver conforto térmico nas escolas, se faz necessário todo um estudo envolvendo fatores
como o clima local, o ponto geográfico em que a construção esta localizada, as
emissões de raios solares que incidem sobre ela, umidade relativa do ar, e a
incidência de ventos. Verificar também se as aberturas estão localizadas em pontos
chave para que haja uma ventilação natural. Todos estes fatores devem ser
calculados com base em formulas especificas para cada caso. Estes fatores servirão de base para que possamos verificar
se nas escolas, o rendimento de alunos e professores pode ser comprometido, (VAREJÃO-SILVA
2006).
OBJETIVO
Identificar o nível de conforto térmico a que alunos e professores estão expostos nas escolas da
cidade de Jaciara MT. Identificar o quanto o conforto térmico e ambiental afeta
o aprendizado destes alunos e o desempenho profissional dos professores. Observar se as edificações
estão construídas e oferecem condições ambientais favoráveis a professores e
alunos. Identificar se é necessária uma melhor arborização do local, dando
ênfase aos locais de descanso e recreação.
Metodologia
Os dados serão coletados em três escolas da cidade de Jaciara Mt,
duas da rede estadual, Escola Antonio
Ferreira Sobrinho (Ensino Médio) e Escola Santo Antonio (Ensino Fundamental), e
uma da rede municipal Escola Magda Ivana ( Ensino Fundamental).
Serão consultados dados
meteorológicos atuais e históricos da cidade de Jaciara e da região. Da mesma forma a coleta de amostras de temperatura
dentro das salas de aula faz-se necessário,
bem como o nível de irradiância solar
que incidem pelas aberturas e a umidade relativa dentro de sala.
Medições externas de
irradiância solar, umidade, incidência de ventos também deverão ser feitas
tanto nos pátios como nas áreas arborizadas que são destinadas ao lazer dos
alunos durante o intervalo. Dentro desta perspectiva deve-se analisar de forma
sucinta se as edificações onde funcionam as escolas da cidade de Jaciara oferecem
o mínimo de conforto térmico para alunos e professores, da mesma forma deve-se
verificar se a área onde as mesmas se
encontram possui uma arborização adequada para o local.
Esta coleta de dados devera ser feita durante o ano letivo em
vários momentos, enfocando os meses em que a irradiação solar é mais alta. Haja
vista que agosto é mês em que as de queimadas são mais freqüentes, uma coleta de dados mais
intensa deve ser feita durante este período.
Modelos matemáticos e
gráficos deverão ser usados na analise dos dados, desta maneira poderemos verificar a que ponto o conforto térmico afeta
de forma real o rendimento e o aprendizado durante as horas em que a irradiação solar
eleva a temperatura a seu ápice. Poderemos então verificar a que nível
de conforto térmico e ambiental os alunos e professores estão expostos.
Bibliografia
FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos - Manual de conforto térmico-arquitetura,
urbanismo / Anésia Barros Frota,.— 5. ed. — São Paulo : Studio Nobel, 2001.
LAKATOS, Eva Maria, Lakatos, Maria de
Andradre,-- fundamentos de metodologia cientifica 7 edição- são Paulo; Atlas,
2010.
NOGUEIRA, Marta Cristina de Jesus Albuquerque; NOGUEIRA, José de Souza- Educação, Meio Ambiente E Conforto Térmico: Caminhos Que Se Cruzam- Rev.
eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, Volume 10, janeiro a junho de
2003.
REICHARDT, Klaus; TIMM, Luis Carlos - Solo, planta e atmosfera:
conceitos, processos e aplicacões - Barueri, SP :
Manole, 2004.
VAREJÃO–SILVA, Mário Adelmo - Meteorologia e Climatologia Versão Digital 2 Recife, Pernambuco
Brasil Março de 2006
VYGOTSKY, Lev
Semenovich- A formação Social da Mente- Martins Fontes - 7ª edição – São Paulo
2007.